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As diferenças do Liberalismo americano e o Liberalismo clássico

Nos últimos anos o termo “liberal” e o “liberalismo” tem ganhado popularidade e gerado debate na sociedade brasileira. O que é ótimo! Mas tem criado algumas confusões e algumas aplicações erradas.

O liberalismo clássico aquele pelo qual é o mais conhecido e aplicado no Brasil e em grande parte do mundo, baseado na filosofia e em grandes autores como: Adam Smith, John Locke, Jean-Baptiste Say, Thomas Malthus, David Ricardo, Voltaire, Montesquieu e Frédéric Bastiat, grandes nomes do Liberalismo clássico inglês e francês. É um liberalismo embasado, filosófico e que presa pela autonomia e prosperidade do indivíduo. Criando assim o caminho da prosperidade! Que aqui no Brasil foi muito bem representado no passado por Roberto Campos e hoje por Paulo Guedes, Salim Mattar e Cia. Essa filosofia aqui e em grande parte do mundo sempre esteve no espectro político da direita, lutando contra o totalitarismo, protecionismo e o famigerado socialismo, contra o ‘Caminho da Servidão’ parafraseando Hayek. Isso é e sempre foi o significado e as lutas do Liberalismo clássico.

Mas depois de algumas palavras sobre o liberalismo clássico gostaria de falar sobre os “liberais” americanos,  é aí que mora a confusão,  que muita gente se confunde e acaba misturando coisas completamente distintas. Diferente do Liberal clássico, o liberal norteamericano é considerado como esquerda, como progressista. Muito distante do que é o real liberalismo baseado na filosofia clássica, com embasamento histórico.

O liberalismo americano é um desvio do conceito clássico do termo, liberal americano é alguém de apenas uma visão estética de mundo, que as coisas tem que ser da moda, não necessariamente precisam ser boas, se elas parecerem boas é o suficiente. E por isso afirmo que o liberal americano é apenas uma adjetivação, pois de liberal mesmo tem muito pouco.

O Brasil e os grandes nomes do Liberalismo sério, sempre se basearam no conceito clássico. Mais recentemente, como é muito comum importar não só produtos mas comportamentos dos EUA, alguns “liberais” daqui começaram a agir como liberais americanos, apoiando movimentos identitários e progressistas, guiados não pelos conceitos clássicos e filosóficos, mas por conveniência de momento e por uma visão estética de mundo como já havia dito.

É muito importante fazermos a distinção do Liberal clássico para o Liberal Americano, duas coisas completamente diferentes e divergentes. Liberal purista não trabalha com socialista/progressista, e se alguns que se dizem “liberais” aqui no Brasil apoiaram um desastre como a eleição de Lula, eles que se definam como esquerda e liberais americanos, não sujem a imagem histórica do Liberalismo Clássico.

Por Raphael Fraga